O ato de homenagear o Buda com flores, destinou-se a uma forma de arte oriental linda e complexa (com um contexto histórico bem mais denso do que essa minha simples explicação) de arranjos florais, chamados, no Japão, de Ikebana.
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Não é um assunto para falar rapidamente (já que essa arte carrega por trás um grande significado espiritual e filosófico), mas vou tentar simplificar com minhas próprias palavras.
A Ikebana decora o tokonoma, que é uma sala onde geralmente é realizada a Cerimônia do Chá (outro assunto interessantíssimo). Mas isso, tradicionalmente.
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A Ikebana trás a harmonia para o ambiente deixando um lugar sem graça cheio de cor, forma e vida.
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Seus aprendizes tem em aulas uma parte toda técnica baseada em questões espiritualistas.
Uma das coisas básicas que se aprende é o “Princípio do Três como símbolo da totalidade no arranjo floral: o “Homem” (So) encontra-se no meio, entre o “Céu” (Shin) e a “Terra” (Gyo).”
Esse princípio ajuda na construção complexa de arranjos e posições dos galhos e das flores.
Outro fato importante na construção do arranjo é fazer o possível para usar um galho na posição que ele naturalmente é, deixando a Ikebana bonita sem modificá-lo.
Entre outras coisas mais, a tradição dessa arte é adaptada aos dias de hoje como simples arranjos para o lar e outros lugares.
Há quem não acredite que uma flor faça a diferença.
Porém, o equilíbrio ambiente só é alcançado se temos um elemento presente da natureza misturado aos elementos construídos pelo homem.