segunda-feira, 14 de julho de 2008

Um pedido às estrelas

O famoso Festival das Estrelas é comemorado todo ano na cultura japonesa há mais de 1150 anos e consiste em fazer um pedido às estrelas.

O Festival vem da lenda de dois jovens que se apaixonam perdidamente esquecendo das outras tarefas cotidianas. O pai da moça (que também pode ser o Senhor Celestial) os separa deixando um de cada lado da Via Láctea.






As estrelas Vega e Altair, que representam o casal apaixonado, podem ser vistas juntas apenas no sétimo dia do sétimos mês do ano.

Este encontro, porém, foi permitido pelo pai contanto que realizassem os pedidos vindos da Terra.

E assim comemoramos o Tanabata Matsuri. No tanzaku, pedaços de papel, escrevemos nossos desejos ou nossos agradecimentos, e penduramos em ramos de bambu.








Claro que isso aconteceu aqui em São Paulo, no bairro da Liberdade.
Bairro com grande influência japonesa.





A organização para a festividade é voluntária, (E como fiquei sabendo disso depois, ano que vem quero me voluntariar!) e tudo é muito bem feito. Logo se vê pelas fotos.

Acredito que, independente da crença de cada um, a essência é uma só. E num país como o nosso em que Brasil é sinônimo de variedade cultural (e que variedade!) podemos aproveitar cada cultura, cada crença e juntar tudo numa só fé.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poesia de baile

noitesertão

 Hoje vou falar de poesia disfarçada de conto. Vou falar dele, o homemem que estou apaixonada, Guimarães Rosa.

Acabei de ler o Noites no Sertão (Corpo de Baile) e fiquei longos minutos parada, pensando.

Foi como se eu voltasse de viagem, de lá do final das Gerais, do Buriti, da Casa de Iô Liodoro.

Já até sinto saudades das meninas, Lalinha e Glória. Como são lindas.

Queria ser como Glória, de vestido amarelo, cavalgando...

Muitas mudanças do destino final da história se passam nas noites. São parágrafos enormes e páginas e páginas descrevendo a noite no sertão.

E minhas noites foram com ele, Guimarães. E foi ele quem me deu de presente lindas frases que tirei do livro e senti vontade de compartilhar.

"Será que, amando, é que nos estamos movendo adiante, num mar?"

"Você sabe, Lala? Toda vez que a gente quer alguma coisa, e não sabe o que é, então é porque a gente está é com sede dum bom copo d´água, ou carecendo de ouvir música tocada..."

"Sorte. Quem souber o que é a sorte, sabe o que é Deus, sabe o que é tudo."

"Morrer talvez seja voltar para a poesia."

(Versão menos popular da, já enchendo o saco, "As pessoas não morrem, ficam encatadas.")

"Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinha. Essa a alegria que Ele quer..."

Espero que tenham gostado!

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