quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poesia de baile

noitesertão

 Hoje vou falar de poesia disfarçada de conto. Vou falar dele, o homemem que estou apaixonada, Guimarães Rosa.

Acabei de ler o Noites no Sertão (Corpo de Baile) e fiquei longos minutos parada, pensando.

Foi como se eu voltasse de viagem, de lá do final das Gerais, do Buriti, da Casa de Iô Liodoro.

Já até sinto saudades das meninas, Lalinha e Glória. Como são lindas.

Queria ser como Glória, de vestido amarelo, cavalgando...

Muitas mudanças do destino final da história se passam nas noites. São parágrafos enormes e páginas e páginas descrevendo a noite no sertão.

E minhas noites foram com ele, Guimarães. E foi ele quem me deu de presente lindas frases que tirei do livro e senti vontade de compartilhar.

"Será que, amando, é que nos estamos movendo adiante, num mar?"

"Você sabe, Lala? Toda vez que a gente quer alguma coisa, e não sabe o que é, então é porque a gente está é com sede dum bom copo d´água, ou carecendo de ouvir música tocada..."

"Sorte. Quem souber o que é a sorte, sabe o que é Deus, sabe o que é tudo."

"Morrer talvez seja voltar para a poesia."

(Versão menos popular da, já enchendo o saco, "As pessoas não morrem, ficam encatadas.")

"Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinha. Essa a alegria que Ele quer..."

Espero que tenham gostado!

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