domingo, 19 de junho de 2011

A volta do ser

A tempestade

Depois da última postagem no blog, em dezembro do ano passado, meu ser saiu de férias para nunca mais voltar. Enquanto ele percorria os quatro cantos do mundo, me encontrava abandonada. Sem ser, sem alma, fiquei desamparada, fria e superficial. Empurrando a vida com a barriga e me arrastando sobre os pés, os meses foram passando. Mas o ser sair de sua morada não é qualquer acontecimento. É algo que exige muita atenção. E mesmo assim eu mal sabia o que estava acontecendo comigo.

É como uma tempestade. De repente vem um raio, um trovão e você está lavando sua alma. Olhando assustada pra pele molhada, me dei conta de que precisava mesmo de um susto, um vômito, um ah!

 

O SOL

O ser retorna silencioso. Entra pela janela numa manhã de domingo, despretensioso. Invade o corpo, o corpo se estremece. Você está de volta. Mais calmo, mais tranquilo.

Para ilustrar a sensação, aqui vai um pequeno trecho de uma dança butoh. Onde o ser é mais que ser. Ele é estar, ele simplesmente é. E ser por ser, estar por estar, é a pura confirmação da existência e da vida.

 

 

E para completar, a música do Secret Garden. Bem leve…

"Um jardim no qual nós pode buscar refúgio quando tempos são ásperas ou reformar-se a alegria ou contemplação".

 

A leveza do ser, pela primeira vez, se torna totalmente sustentável. Como já disse Drummond, “os ombros suportam o mundo e eles não pesam mais do que o peso de uma criança.”

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